Nesta semana, Obama liberou viagens e remessas de dinheiro à ilha.
Por Juliano Vasconcellos
O presidente americano, Barack Obama,diminuiu as restrições de viagens a Cuba e de remessas de dinheiro feitas por cubano-americanos para suas famílias que moram na ilha. O anúncio, que foi feito no inicio desta semana, foi considerado uma das maiores mudanças da política americana em relação a Cuba em décadas e demonstra uma clara vontade de mudar as relações com a ilha de Fidel Castro, tendo em vista a vertente linha-dura de George W. Bush e muitos analistas políticos já apontam este tema como assunto dominante da Cúpula das Américas neste final de semana.
A história do conflito diplomático e comercial entre os dois países é antiga e teve seu auge na Guerra Fria, quando a polarização comunismo X capitalismo dominava o mundo. A marca mais profunda deste conflito é o bloqueio econômico imposto pelos EUA em janeiro de 1961, onde os dois países romperam relações diplomáticas. No mesmo mês, Cuba estreitou laços com a União Soviética e assinou um acordo de venda de açúcar e de importação de petróleo. Este é um dos mais duradouros embargos da história contemporânea. Na Assembleia Geral da ONU em 2007, apenas 4 dos 188 membros não condenaram as sanções.
A irritação americana chegou ao ápice em abril de 1961, quando o governo liderou uma fracassada tentativa de invasão, apoiando mais de mil exilados cubanos e herdeiros das empresas nacionalizadas em Cuba a desembarcarem na região da Baía dos Porcos, na província de Las Villas. Derrotada pelas forças nacionais em poucos dias, com um saldo de 176 mortos, a operação deixou claros os objetivos americanos de fazer de tudo para impedir a criação de mais uma nação socialista. O governo Kennedy foi obrigado a assumir a ação. A resposta de Fidel foi declarar pela primeira vez publicamente o caráter socialista da revolução. Em fevereiro de 1962, os EUA impuseram um embargo comercial total contra Cuba.
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